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ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
O ACOLHIMENTO:
O DESAFIO DE VIABLIZAR O ACESSO COM EQÜIDADE
Tem como finalidade: ▪ identificar e atender a demanda de forma organizada; ▪ viabilizar o acesso com eqüidade; ▪ humanizar o atendimento; ▪ alcançar a satisfação do usuário.
Tem como objetivo: ▪ receber, escutar e oferecer uma atenção oportuna, eficaz, segura e ética aos cidadãos.
Requer um trabalho de equipe:
▪ integralidade das ações;
▪ coordenação do cuidado; ▪ comprometimento de toda a equipe de saúde.
A = (Ac + At) H
❖ A
- Acolhimento
Ac
- Acessibilidade: elemento estrutural
At
- Atendimento: elemento processual
H
- Humanização
Acessibilidade: ▪ Disponibilidade; ▪ Comodidade; ▪ Custo;
▪ Aceitabilidade.
Atendimento: ▪ Responsabilidade; ▪ Reconhecimento do problema; ▪ Identificação e proteção ao cidadão/família em risco; ▪ Comunicação entre profissional/equipe e usuário; ▪ Continuidade pessoal – vínculo; ▪ Qualidade da atenção clínica;
▪ Registros adequados – prontuário.
É o serviço realizado por pessoas, para pessoas.
Desenvolvimento de competência: ▪ técnica; ▪ de comunicação; ▪ de relacionamento.
Organizar as formas de acesso: ▪ Atenção à demanda programada ▪ Atenção à demanda espontânea
Atenção à demanda programada: ▪ Atendimento voltado ao evento crônico; ▪ Identificação e captação pró-ativa dos usuários/famílias pelosACS/ESF; ▪ Agendamento de atendimento na UAPS;
▪ Acompanhamento pela ESF.
Atenção à demanda programada: ▪ O atendimento programado tem como instrumentopara dimensionamento a planilha de programação; ▪ Tem como instrumentos de normalização: as linhas-guias.
Atenção à demanda espontânea: ▪
Atendimento voltado ao evento agudo;
▪
Identificação dos sinais de alerta: classificação por grau de risco;
▪
Priorização dos casos de maior risco;
▪
Agendamento de atendimento na ausência de sinal de alerta.
A ATENÇÃO ÀDEMANDA ESPONTÂNEA AS CONDIÇÕES AGUDAS
Conselho Federal de Medicina – CFM, resolução 1451/95 define: URGÊNCIA:
¨Ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata¨.
EMERGÊNCIA:
¨Constatação médica de agravo à saúde que implique em risco iminente de vida, ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, o tratamentomédico imediato¨.
Pontos relevantes: ▪
a organização das formas de acesso;
▪
a identificação dos casos de urgência ou emergência;
▪
a priorização dos casos de emergência e urgência;
▪
a identificação e a definição da competência dos pontosde atenção.
Identificação dos casos: ▪
através do gerenciamento da queixa;
▪
identificação dos sinais de alerta = emergência – urgência.
Classificação de Risco – Sinais de Alerta: ▪
é um processo dinâmico de identificação dos usuários que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencialde risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.
São objetivos da classificação de risco: ▪ Humanizar e personalizar o atendimento; ▪ Avaliar o usuário logo na sua chegada;
▪ Descongestionar as UBS, PS, PA; ▪ Reduzir o tempo para o atendimento, fazendo com que ousuário seja visto precocemente de acordo com a suagravidade; ▪ Determinar a área de atendimento primário, devendo o usuárioser encaminhado ao setor ou ponto de atenção adequado; ▪ Informar o tempo de espera; ▪ Retornar informações a usuário/familiares.
Os modelos de atenção às condições agudos: ▪
The Canadian Emergency and Acuity Scale(CTAS)
▪
Australasian Triage Scale (ATS)
▪
Emergency Severity Index (ESI)
▪
Manchester Triage System (MTS)
Cada modelo propõe um protocolo de classificação de risco.
Comparação entre os protocolos de classificação de risco CARACTERÍSTICAS
ATS CTAS MTS
ESI
Escala de 5 níveis
SIM
SIM
SIM
SIM
Utilização universal no país
SIM
SIM
SIM
NÃO
Baseado em categorias de sintomas
NÃO
NÃO
SIM
NÃO
Baseado em discriminantes chave
SIM
NÃO
SIM
SIM
Baseado em algoritmos clínicos
NÃO
NÃO
SIM
SIM
Baseados em escalas de urgência pré-definidas
SIM
SIM
NÃO
NÃO
Formato eletrônico (Informatizado)
NÃO
NÃO
SIM
NÃO
Evidências sobre a eficiência e segurança do Protocolo de Manchester: •
Does the Manchester triage system detect the critically ill? Cooke MW, Jinks S, J Accid Emerg. Medicine 1999;
•
Validation of physiological scoring system in the A& E department- Subbe CP, Slater A, Menon D, Gemmel L-Emerg Med Journal, 2006; Detecting High risk patients with Chest pain- Speak D, Teece S, MackwayJones K- Emergency nurse 2003; Is Manchester (MTS) more than a triage system? Studying it`s association with death and admission in a large Portuguese Hospital- BMJ (no prelo); Reliability and validity of Manchester Triage system in a general emergency department patient population in the netherlands: results of a simulation study-Emergency Medicine Journal 2008.
• •
•
Classificação de risco: ▪ Garante critérios uniformes ao longo do tempo e com diferentes equipes ▪ Acaba com triagem sem fundamentação científica ▪ Só pode ser feita por enfermeiro ou médico ▪ Garante a segurança do paciente que será avaliado e do profissional de saúde ▪ É rápido ▪ Testada no Reino Unido, Portugal, Espanha, Alemanha, Holanda ▪ Prevê auditoria
O Protocolo de Manchester de Classificação de Riscos
VERMELHO
Emergência
0 minutos
LARANJA
Muito urgente
10 minutos
AMARELO
Urgente
60 minutos
VERDE
Pouco urgente
120 minutos
AZUL
Não urgente
240 minutos
Fatores que determinam uma prioridade: ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪
Ameaça à vida Ameaça à função Dor Duração do problema Idade História Risco de maus tratos
AS REDES DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS:
AS REDES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
MOMENTOS ➢ ➢ ➢
➢ ➢ ➢
➢ ➢ ➢
M1 - A análise de situação de saúde M2 - A escolha do modelo de atenção à saúde M3 - A construção dos territórios sanitários e os níveis de atenção à saúde M4 - O desenho da rede de atenção à saúde M5 - A modelagem da atenção primária à saúde M6 - A modelagem dos pontos de atenção secundários e terciários na atenção à saúde M7 - A modelagem dos sistemas de apoio M8 - A modelagem dos sistemas logísticos M9 - A modelagem do sistema de governança da rede
Principais causas APVP em MG (Maiores de 1 ano) 2004 100%
20,0 18,0
17,6
88%
68%
9,3
10,0 30%
60% 50%
8,6
40%
46% 5,3
6,0
2,0 0,0
70%
61%
12,0
4,0
80%
75%
14,0
100% 90%
82%
16,0
8,0
91%
4,1
4,0
3,9
3,6
30% 20%
1,7
10% 0%
10 Principais causas YLL (Years of Life Lost) em MG – 2004 / 2006
DOENÇA
YLL (emmil)
%
%Ac
Tx
Doença Isquêmica Coração
158
9,2
9,2
8,2
Doenças Cerebrovasculares
144
8,4
17,6
7,5
Violências
111
6,5
24,1
5,8
Acidentes de trânsito
86
5,0
29,1
4,5
Infecções V. A.Inferiores
68
4,0
33,0
3,5
Doenças Hipertensivas
63
3,7
36,7
3,3
Diabetes mellitus
59
3,5
40,2
3,1
Asfixia / Traumatismo Nascer
57
3,3
43,5
3,0
Cirrose Hepática
56
3,3
46,8
2,9
D. Inflamatórias Coração
43
2,5
49,3
2,2
O Protocolo de Manchester de Classificação de Riscos
VERMELHO
Emergência
0 minutos
LARANJA
Muito urgente
10 minutos
AMARELO
Urgente
60 minutos
VERDE
Pouco urgente
120 minutos
AZUL
Não urgente
240 minutos
Fatores que determinam uma prioridade: ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪
Ameaça à vida Ameaça à função Dor Duração do problema Idade História Risco de maus tratos
Resultados no mundo:
VERMELHO
Emergência
1 a 2%
LARANJA
Muito urgente
10 a 20%
AMARELO
Urgente
20 a 50%
VERDE
Pouco urgente
20 a 60%
AZUL
Não urgente
10 a 20%
HOSPITAL JOÃO XXIII FHEMIG ▪ Hospital Pronto Socorro de referência terciária para o trauma – Belo Horizonte ▪ 603 leitos ▪ Início: 08/julho/2008
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTE FARIA ▪ Hospital de Referência Terciária – Montes Claros ▪ 173 leitos ▪ Início: 15/agosto/2008
HOSPITAL DAS CLÍNICAS UFMG
▪ Hospital de Referência Terciária – Belo Horizonte ▪ 471 leitos ▪ Início: 8/julho/2008
Sala de Classificação de Risco
Plano Diretor de Regionalização – PDR/MG
MICRORREGIÃO SANITÁRIA AUTOSUFICIÊNCIA NAATENÇÃO SECUNDÁRIA
MACRORREGIÃO SANITÁRIA AUTOSUFICIÊNCIA NAATENÇÃO TERCIÁRIA
A lógica de estruturação da Rede de U/E OBJETIVO LEVAR O USUÁRIO PARA O HOSPITAL MAIS PRÓXIMO
1. Encaminhar corretamente pessoa usuária 2. Ao ponto de atenção à saúde certo, capaz de prestaro cuidado efetivo 3. No menor tempo possível
CÓDIGO
COMPETÊNCIA 1° atendimento
VERMELHO
Estabilização
Completa abordagem propedêutica e terapêutica.
1° atendimento
Medidas para sofrimento intenso ou para evitar rápidadeterioração. Ex. linha de acesso venoso, sintomáticos, cristalóide, sutura.
Estabilização Atendimento
VERDE AZUL
Medidas para manutenção davida. Ex. entubação orotraqueal, linha de acesso venoso,glicose hipertônica, diazepan. 1° atendimento seguido de tratamentoinicial. Ex. sutura, cristalóide, ventilação mecânica,hemotransfusão.
Atendimento
LARANJA
AMARELO
DESCRIÇÃO
1° atendimento seguido de tratamentoinicial Ex. estreptoquinase. Completa abordagem propedêutica eterapêutica.
1° atendimento
Medidas para sofrimento ou para evitar deterioração. Ex. linha de acesso venoso, sintomáticos, cristalóide, sutura.
Atendimento Encaminhamento Atendimento Encaminhamento Atendimento Encaminhamento
Completa abordagem propedêutica eterapêutica. Conforme e se pactuado. Propedêutica e terapêutica. Conforme e se pactuado. Propedêutica e terapêutica. Conforme e se pactuado.
NÍVEL DE ATENÇÃO
PONTO DE ATENÇÃO CallCenter “Alô SUS” (número único)
PRIMÁRIA
Domicílio Unidade Básica de Saúde/PSF
Classificar o risco; orientar; ativar a ambulância.
Município
▪
Identificar sinais de alerta; adotar atitudes de prevenção; acionar o 192
Município
▪
1º atendimento para vermelho, laranja e amarelo Atendimento para verde e azul 1º atendimento para vermelho, laranja e amarelo Atendimento para vermelho, laranja e amarelo de acordo com os protocolos Atendimento para amarelo e verde Atendimento para azul, fora do horário de funcionamento da UBS
▪
▪ ▪ ▪
Município
Município
▪ ▪
1º atendimento para vermelho e laranja Atendimento para amarelo e verde
Município acima de 200.000 habitantes
▪ ▪
1º atendimento para vermelho e laranja Atendimento para vermelho e laranja de acordo com os protocolos Atendimento para amarelo e verde
Microrregião
Microrregião
▪ ▪
1º atendimento para vermelho e laranja Atendimento para vermelho e laranja de acordo com os protocolos Atendimento para amarelo e verde Atendimento referenciado segundo protocolo
SAMU
▪
Atendimento a vermelho, laranja e amarelo
Microrregião
SAMU
▪
Atendimento a vermelho e laranja
Macrorregião
Pronto Socorro Hosp. Macro
▪
Atendimento a vermelho, laranja e amarelo
Macrorregião
Hospital Macrorregional
▪
Atendimento a vermelho, laranja e amarelo
Macrorregião
Unidade de Urgência não Hospitalar *
SECUNDÁRIA
TERRITÓRIO SANITÁRIO
▪
▪
“Hospital de Pequeno Porte”
TERCIÁRIA
COMPETÊNCIA DO PONTO DE ATENÇÃO
Hospital Microrregional sem UTI
Hospital Microrregional com UTI
▪
▪ ▪
A Macrorregião Norte de Minas
▪ Área Territorial: 122.176 Km² (SP: 1.523 Km²)
▪ População: 1.558.610 (SP: 10.990.249 hab)
▪ Densidade: 12,6 Hab/ Km² (SP: 7.216 hab/ Km²)
▪ 8 microrregiões ▪ 86 municípios ▪ Até 500 km de distância até a sede microrregional
▪
UAPS – Unidade de Atenção Primária à Saúde: é local de atendimento de agudos
▪
Hospitais locais de baixa escala: têm importância na rede quando o acesso a um serviço de maior densidade tecnológica ultrapassa uma hora de deslocamento
▪
UPA – Unidade de Pronto Atendimento: são estruturas intermediárias entre atenção primária e hospitais; têm sentido portanto em municípios maiores ou como estruturas de estabilização simples e devem ser formalmente vinculadas ao hospital de referência
▪
Hospitais microrregionais: têm que ser referência para no mínimo 100.000 habitantes e alguns deles devem responder a traumas mais complexos de forma definitiva ou como estabilização
▪
Hospitais macrorregionais: se especializam de acordo com o fluxo prédeterminado e alguns têm que ter escala mínima de um milhão de habitantes para se tornarem referência (ex: trauma maior) ▪ ▪
Hospitais de Referência ao Trauma Maior Hospitais de Referência para a Urgência Clínica (Doenças Cardiovasculares)
UAPS
300
HOSP. LOCAL
9
HOSP. MICRO
3
HOSP. NÍVEL 3
4
HOSP. NÍVEL 1
4
Qualificação:
▪
Reforma da estrutura, adequação dos fluxos, equipamentos
▪
Construção de 60 novos leitos de terapia intensiva na região (40 em municípios pólos microrregionais)
▪
Informatização do Protocolo de Manchester
▪
Capacitação em Manchester: ▪ ▪
▪
485 enfermeiros da APS 383 enfermeiros dos Hospitais dereferência
Outras capacitações: ATLS, ACLS, Winfocus
Atenção Primária à Saúde Pirapora - MG
SAMU Macro Norte Número de chamados – jan-abr/09
TOTAL DE CHAMADOS:10.962
SAMU Macro Norte Número de atendimentos com ambulância – janabr/09
TOTAL DE ATENDIMENTOS: 4.471 (USA: 8%
USB: 92%)
SAMU Macro Norte Número de chamados Período: jan-abr/09
SAMU Macro Norte Número de atendimentos com ambulância Período: jan-abr/09
A Central Operativa
USUÁRIO PONTOS DEATENÇÃO
CALL CENTER (central estadual)
193 / 190 COMPLEXO REGULADOR URGÊNCIA
central macrorregional 1 coordenador geral
192 CENTRAL DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA
NÃO URGÊNCIA
1 médico regulador 1 equipe de técnicos
CENTRAL DE LEITOS CONSULTAS, EXAMES EOUTROS PROCEDIMENTOS
1 médico regulador 1 equipe de técnicos 1 equipe de apoio de especialistas
Segue protocolo de classificação de risco. Avalia a necessidade de enviar uma equipe com ou sem médico ao local da ocorrência. Decide junto com o médico regulador de leitos o encaminhamento para o hospital. Transfere para o Call Center as chamadas não urgentes.
REDE
Verifica continuamente as demandas e disponibilidade da rede. Prioriza o atendimento à U/E. Gerencia a lista de espera, interferindo quando é extrapolado o teto físico e/ou financeiro. Orienta a auditoria.
Ente Gestor: ▪ Comitê Macrorregional de Gestão das Urgências ▪ Órgão técnico de suporte da CIB Macrorregional ▪ Constituídas câmaras técnicas para eventos específicos e que apresentam metas de resultados (ex: trauma maior, IAM, AVCetc..)
Pactuação: ▪ Competências e responsabilidades ▪ Fluxos de urgência clínica e do trauma
Monitoramento: ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪
▪ ▪
Tempo de espera por cor (classificação de risco) por prestador, região... Mortalidade x cor (classificação de risco) Internação por Unidade de Urgência x cor (classificação de risco) Retorno após 24 horas de alta (índice) das Unidades de Urgência Percentual de pacientes com observação acima de 24 horas Percentual de internações à partir das Unidades de Urgência(por enfermaria,CTI ...) Mortalidade do paciente com trauma maior (região e tempo) Tempo de atendimento no centro de referência nos pacientes com trauma maior (desde o evento até a chegada da equipe)
▪ ▪
Tempo de trombólise nas Insuficiências coronarianas agudas (desde os primeiros sintomas até o início da medicação)
▪
Tempo de atendimento da angioplastia nas Insuficiências coronarianas agudas (desde os primeiros sintomas até o início do cateterismo)
▪ ▪
Mortalidade nas Insuficiências coronarianas agudas (região e tempo) Tempo de atendimento do AVCI agudo (tempo de início dos sintomas até
▪
atendimento por equipe especializada) Mortalidade noAVCI