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Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação Câmpus de Bauru Programa jornalístico de conteúdos multimídia colaborativ...

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Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação Câmpus de Bauru

Programa jornalístico de conteúdos multimídia colaborativos integrados a uma plataforma cartográfica de mídia digital Autora: Jaqueline Rodrigues Pereira1 Orientador: Prof. Dr. Francisco Rolfsen Belda2 Contato: [email protected] Os mapas colaborativos são uma ferramenta muito presente no mundo virtual. Sem custos e com funcionalidade flexível, esses mapeamentos virtuais atraem diferentes projetos de reconhecimento do território. São plataformas que não só agregam grandes quantidades de informação de forma sintética, como também fomentam a produção de conhecimento sobre uma região específica, tornando mais agradável a pesquisa e interação dos usuários com o território em questão. A tecnologia é fundamental para que essas novas ferramentas sejam estratégias de comunicação e mobilização. Mas a relação das pessoas com o espaço mapeado pode fazer toda a diferença. Sendo assim, o engajamento local pode potencializar a colaboração. A partir da consolidação da difusão de notícias pela internet, notou-se uma significativa mudança na forma de produção das notícias, envolvendo quebra de padrões tradicionais, responsável por modificar o papel entre emissores e receptores da mensagem. Se antes, os meios impressos, televisivos e radiofônicos apresentavam um processo de pouca interatividade, hoje, no meio on-line, o receptor transforma-se em agente ativo, podendo interferir no processo jornalístico através de e-mails e comentários. Esse mesmo agente transformou-se em um produtor de conteúdo. Também as empresas jornalísticas, de olho no mercado, passaram a experimentar práticas para atrair o novo produtor de conteúdo para o meio digital. Uma das ações que surgiu, a partir dessa nova realidade, foi o chamado “jornalismo colaborativo”, também conhecido por “participativo”, identificado, a partir do século XXI, em diversos veículos no Brasil. Esse é um formato de jornalismo em que o leitor ou usuário deixa de ser um mero receptor e participa, parcial ou integralmente, do processo de produção de determinado conteúdo jornalístico. Nele, o receptor de conteúdo passou a produzir material para as plataformas dos 1

Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela UNESP - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita de Filho” – Campus de Bauru. É aluna ingressante do programa de Pós-Graduação em Televisão Digital: informação e conhecimento da Faculdade de Arquitetura Artes e Comunicação da UNESP de Bauru na Linha de Pesquisa 1 – Gestão da Informação e Comunicação para Televisão Digital. Atualmente trabalha como produtora de conteúdo na Rede Record. 2 Professor do Departamento de Comunicação Social da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", docente do Curso de Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Televisão Digital. Tem graduação em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Comunicação Social e atua principalmente nos seguintes temas: jornalismo científico, planejamento editorial, gestão de informação, tecnologia educacional e mídias digitais. Bauru, 23 de outubro de 2013 - Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação – FAAC – UNESP - http://www.faac.unesp.br/index.php - 67,1282

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veículos tradicionais. São indivíduos sem formação jornalística que, engajados na ideia de reconhecimento como parte integrante, passam a participar dos processos de produção e construção da informação. O mapeamento de informações organiza as informações analogamente a uma cartografia. Os procedimentos e as regras para mapear informação foram derivadas das pesquisas educacionais e da tecnologia, bem como do mundo da comunicação. Atualmente existem alguns exemplos bem sucedidos de mapeamento de informação pelo Brasil, que chegam a ser utilizado por empresas, pessoas físicas e até mesmo órgãos públicos. Um exemplo é o Mapa da Cultura de Fortaleza, no Ceará, criado no ano de 2012 pela Secretaria de Cultura do município em parceria com a Casa de Cultura Digital. Os serviços prestados pela imprensa surgiram logo na primeira fase do jornalismo. Com a decadência do Sistema Feudal e a aglomeração de pessoas nas cidades, o jornalismo daquela época pode ser considerado como uma ferramenta a favor do Capitalismo, ajudando a tabelar preços, medidas e impostos. Sua evolução constitui-se inicialmente nas Folhas Volantes, que pretendia passar informações que atendessem às necessidades da população, também nas revistas femininas e no momento em que chega às editorias de cultura, economia e guias. Hoje em dia, o Jornalismo de Serviço tem sua utilidade aplicada diretamente à vida das pessoas. Temos como exemplos mais comuns os indicadores econômicos, previsão de tempo, informações sobre o trânsito, roteiros e guias culturais. Existe uma grande polêmica sobre o assunto. Para algumas pessoas, o Jornalismo de Serviço é visto como um risco e faz com que os meios de comunicação percam a sua essência e vivam em função da publicidade e consumismo. Assim, cabe aos jornalistas saberem separar o conteúdo jornalístico do publicitário. Para outras, ele é tido como o futuro do jornalismo, pois vai além do real, explica, demonstra e analisa. É uma ferramenta que colabora para a vida das pessoas, é uma ferramenta social. Esse trabalho tem como objetivo unir o que há de mais importante no jornalismo colaborativo, no jornalismo de serviço e nos mapas de informação. A intenção é elaborar um programa ou um quadro televisivo jornalístico, em que o conteúdo será disponibilizado por meio da audiência. Nesse aspecto, é importante ressaltar que o produto se torna mais interesse no jornalismo local, porque se aproxima ainda mais dos telespectadores. Diante da relevância do jornalismo de serviço no atual cenário da comunicação, esse é foco do projeto. A audiência vai encontrar na televisão uma forma para denunciar os problemas e cobrar uma solução das autoridades competentes. O objetivo é reunir material de mídia digital, sejam vídeos ou fotos, que representam a situação de um bairro ou de uma cidade. Problemas como vazamento de esgoto, falta de água, buracos, ruas sem asfalto, falta de iluminação, acidentes, entre outros, poderão ser compartilhados de forma colaborativa pelos telespectadores. Esse material poderá ser enviado à emissora por meio de e-mail ou aplicativo (protótipo a ser elaborado). Um moderador filtrará os casos mais relevantes e de urgência, que serão exibidos em um quadro dentro de um noticiário televisivo. O quadro ainda com nome a definir destaca o que está acontecendo em determinado local e cobra a autoridade competente, dando um feedback aos telespectadores.

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Para que o fato fique registrado e todos possam ter acesso, mesmo depois da veiculação na mídia, todo esse conteúdo colaborativo, vídeos e fotos, ficarão disponibilizados em uma plataforma cartográfica. O mapa da cidade terá ícones, onde os internautas poderão acessar e se informar mais sobre os problemas. As informações só serão retiradas da plataforma depois que forem solucionadas pelas autoridades competentes. Para que o projeto se torne interessante economicamente, esse mapa de informação poderá contar com a divulgação de empresas, que poderão ser posicionadas dentro do mapa, facilitando a visualização, que serve, até mesmo, como pontos de referência para o internauta se localizar dentro do mapa. A intenção é elaborar um produto de referência que poderá ser adaptado de acordo com as necessidades do cliente (emissora). A utilização dos mapas pode, inclusive, ser um ponto positivo para a otimização de custos, uma vez que é preciso apenas customizá-los conforme sua demanda. A demanda de mapeamento da área de dados está crescendo, e é importante que seja suprida de uma maneira fácil e o mapa parte tanto da relação de afetividade com o espaço, quanto para reportar problemas de qualquer instância. Palavras-chave: plataforma cartográfica; mapa de informação; jornalismo colaborativo; mídia digital; telejornalismo.

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